Enfrente seus desafios na nuvem, um cenário de cada vez
Qual a sua posição na transformação da nuvem? Esteja você iniciando a migração, modernizando aplicações ou gerenciando um ambiente de nuvem há anos, é provável que esteja (ou acabe) adotando várias plataformas de nuvem. De acordo com a Gartner, 75% dos clientes corporativos que usam a infraestrutura em nuvem como serviço (IaaS) adotarão uma estratégia multinuvem deliberada.
Prepare-se e planeje-se para superar os desafios
Com tantas transformações, no entanto, surgem os desafios. Uma recente pesquisa da Techstrong identificou vários desafios que estão levando as equipes a vários provedores de nuvem, incluindo a obtenção de preço por desempenho e a abertura de infraestrutura enquanto superam a complexidade. Com base em nossa experiência em trabalhar globalmente com equipes de nuvem, a maioria dos desafios que enfrentamos se enquadram em duas categorias: (1) migração para serviços de nuvem e (2) otimização do consumo de serviços de nuvem existentes. Também não é incomum ver ambos os desafios dentro de uma única organização, uma vez que as equipes operam com diferentes restrições e projetos. A preparação e o planejamento são essenciais para superar esses desafios.
Práticas recomendadas para cenários de nuvem comuns
Um relatório recente da Forrester pode ajudar nesse esforço. O relatório da Forrester "Enfrente seus desafios na nuvem com os cartões de início rápido no cenário da Forrester" pode ajudar você a começar com algumas práticas recomendadas para cenários de nuvem comuns (Figura). Esses cenários abrangem a maioria dos desafios que as equipes enfrentam, independentemente de onde cada um está em sua jornada na nuvem.
Figura: Jornada de modernização da nuvem
Detalhando os cenários
Alguns cenários são mais comuns para determinados níveis de maturidade da nuvem. Vejamos a segurança na nuvem, por exemplo. Geralmente, proteger dados e cargas de trabalho na nuvem é uma das primeiras ordens de negócios para migrações. De acordo com o relatório, no entanto, é "muito mais complexo do que a segurança local e requer planejamento explícito e ferramentas específicas." Sem esse entendimento, muitas empresas simplesmente adotam a mesma abordagem que funcionava no local.
Como resultado, as equipes de segurança e operações ficam com várias cargas de trabalho de segurança e um aumento na expansão. Essa duplicação é uma das principais razões pelas quais o aumento dos custos da nuvem (Cenário B), a adaptação das operações para a nuvem (Cenário E) e a obtenção da conformidade (Cenário Q) são repetidamente classificados como os principais desafios da nuvem para as organizações.
Com várias opções de onde cada carga de trabalho deve ficar, você não deve se contentar com qualquer ambiente que funcione; você deve determinar onde cada carga de trabalho é executada melhor e com mais eficiência. Você também deve analisar cuidadosamente suas cargas de trabalho para evitar as armadilhas comuns.
Definindo compras de carga de trabalho
O processo de compra de cargas de trabalho, que determina o ambiente ideal para cada carga de trabalho, é uma etapa importante no planejamento da arquitetura e da infraestrutura. Ele permite que as equipes de TI selecionem a plataforma mais apropriada para cada componente, em vez de adotar uma abordagem menos eficiente que era aceitável em arquiteturas anteriores.
As compras de carga de trabalho são particularmente importantes ao executar os seguintes cenários no novo relatório de início rápido da Forrester:
Proteção de cargas de trabalho na nuvem (Cenário F): a proteção dos recursos de computação em nuvem e de dados exige inúmeros controles de segurança. Esses controles de segurança (as próprias cargas de trabalho) podem ser implantados em cada região onde temos cargas de trabalho em execução ou em uma camada unificada na borda. A abordagem ideal para a segurança é implantar todos os controles em uma única camada independente de nuvem. Isso simplifica as SecOps, reduzindo o número e os tipos de soluções que precisam ser gerenciadas. Também melhora a portabilidade das próprias cargas de trabalho ao dissociar as necessidades de segurança da computação e do armazenamento. Abordamos este tópico em detalhes aqui.
Migração de aplicações empresariais para a nuvem (Cenário H): apesar de anos de migrações para a nuvem, um número incontável de aplicações corporativas ainda está esperando para ser migrado para um ambiente de nuvem mais eficiente. Considerando exclusivamente a capacidade de executar essa carga de trabalho, praticamente qualquer provedor de nuvem seria aceitável. Como o relatório aponta, porém, "serviços nativos da nuvem [para] aprimorar o aplicativo" devem ser considerados nesse novo ambiente. Isso inclui opções de segurança de aplicações, controle de acesso e soluções Zero Trust. Para essas cargas de trabalho, um ambiente com esses recursos integrados elimina a necessidade de criar sua própria solução a partir de vários componentes, resultando em migração e operações mais simples.
Lidando com a modernização de aplicações (Cenário L): eventualmente, a dívida técnica supera o custo de modernização de uma aplicação e o ROI oscila a favor da ação. A maioria desses esforços envolve arquiteturas monolíticas que precisam ser divididas em seus componentes individuais. Lembre-se de que cada uma dessas cargas de trabalho de componentes deve ser adquirida individualmente para maximizar o benefício de cada ambiente. Muitas equipes, especialmente aquelas que são novas na modernização de aplicações, desejarão considerar um ambiente que se concentre na infraestrutura central como serviço e na plataforma como serviço. Isso simplifica a modernização e o esforço subsequente de gerenciamento de cargas de trabalho sujeitas a privacidade ou outras regulamentações.
Mitigação da dependência do fornecedor de nuvem (Cenário N): a portabilidade da carga de trabalho foi considerada um dos principais benefícios da computação em nuvem. A realidade, no entanto, não cumpriu a promessa. Existem algumas cargas de trabalho que exigem recursos e, portanto, compromisso com um único provedor. Geralmente, o restante é criado usando máquinas virtuais, contêineres e armazenamento. Garantir que essas cargas de trabalho sejam portáteis permite que você as implante em outras nuvens, conforme exigido pelos requisitos de gerenciamento de risco, custo, desempenho e soberania de dados.
Ampliação da nuvem pública até a borda (Cenário O): o papel da borda como um local de computação vem crescendo como resultado da latência e da disponibilidade superiores que ela oferece, mas ela não é o lugar certo para cada carga de trabalho. Por definição, a borda é destinada a cargas de trabalho distribuídas com menor capacidade de memória e CPU. Cargas de trabalho maiores devem ser implantadas em nuvens mais centralizadas. Compreender os limites das duas arquiteturas e implantar serviços de forma adequada garante o dimensionamento correto dos componentes da infraestrutura e o fornecimento da experiência de usuário esperada.
Um ótimo lugar para começar
Seja você novo em ambientes de nuvem ou um veterano experiente em várias nuvens, você deve sempre priorizar o planejamento e a arquitetura de nuvem deliberados para evitar muitos dos problemas comuns com migrações e operações de nuvem.
