A mudança na prestação de serviços de saúde requer sempre novas estratégias de segurança
Nos últimos anos, a maioria das pessoas teve, pelo menos, uma consulta médica online. Mas o atendimento virtual não é a parte mais importante na evolução da prestação de cuidados, mas sim apenas uma etapa vital do ecossistema médico. A pandemia da covid-19 foi, sem dúvida, o catalisador de que as ciências biológicas e a área da saúde precisavam para impulsionar sua transformação digital a fim de acompanhar o ritmo de outros setores líderes.
A profusão contínua de centros cirúrgicos ambulatoriais, centros de atendimento urgente, modelos de cuidados domiciliarese apps de saúde externos (para citar apenas algumas inovações na área) requer uma mudança significativa nas estratégias de entrega e segurança.
À medida que mudamos a forma e o local de atendimento, descobrimos mais desafios e oportunidades do que nunca. A expansão do atendimento para qualquer lugar a qualquer momento requer tempo de atividade contínuo, experiências de usuário eficazes, acesso a dados em tempo real e proteção aprimorada das informações dos pacientes e dos funcionários coletadas e compartilhadas.
Um monte de siglas
De atendimento com base em valor (VBC) e salas de emergência (ERs) a registros eletrônicos de saúde (EHRs), o que sobram são as siglas. No entanto, o que está fazendo barulho é a IoMT.
A Internet das Coisas Médicas (IoMT) oferece uma enorme promessa quando se trata de uma infraestrutura conectada de sistemas e serviços médicos.
A IoMT melhora os resultados e as experiências dos pacientes
Para o número crescente de programas de tratamento crônico (e os modelos de assistência domiciliar e estruturas de pagamento por trás), a IoMT pode ajudar a melhorar os resultados e as experiências dos pacientes. As ferramentas de monitoramento remoto fornecem suporte entre visitas para cuidados preventivos, proporcionando aos médicos acesso contínuo aos dados dos pacientes e alertas em tempo real quando os dados indicam que há algum risco.
Os inaladores inteligentes conectados a apps nos telefones de pacientes com asma podem monitorar os planos de medicação e fornecer alertas aos pacientes enquanto enviam relatórios de monitoramento de prescrição aos provedores. Os apps de registro e admissão de pacientes oferecem experiências de nível de consumidor no conforto do lar, não em uma sala de espera lotada. E até mesmo o quarto hospitalar médio agora tem uma média de 15 a 20 dispositivos médicos conectados, como leitos inteligentes, ventiladores e bombas de insulina.
Não é preciso trocar a segurança pelo aumento da eficiência
No entanto, melhorar a eficácia aumentando a adoção da tecnologia também aumentou exponencialmente o número de pontos de extremidade (e vulnerabilidades) em todo o ecossistema de saúde.
O número de ataques de ransomware em grandes sistemas médicos continua aumentando, especialmente o número de violações causadas pelos fornecedores terceirizados usados pelos hospitais. E provavelmente não sabemos o escopo completo de pontos fracos atuais ou potenciais no ecossistema de saúde devido ao limite mínimo para relatar violações de informações de saúde protegidas (mínimo de 500, conforme exigido pela Lei HITECH).
Efeitos das violações de dados
Independentemente do tamanho de uma organização, são muitos os danos potenciais à reputação e à operação causados por tempo de inatividade e procedimentos cancelados causados por violações de dados de pacientes. De modo geral, em uma postura de segurança virtual sólida, aquilo que as organizações de saúde não sabem pode ser tão importante quanto aquilo que elas realmente sabem.
É vital empregar uma solução de segurança como microssegmentação tanto para conter uma violação, limitando os danos, quanto para aumentar a visibilidade em toda a organização.
Maior acessibilidade e interoperabilidade
O acesso à saúde ocorre de muitas formas. O atendimento virtual e outras inovações permitiram que pacientes de áreas rurais tivessem acesso a especialistas. Da mesma forma, pacientes com menos tempo ou recursos muitas vezes podem evitar faltar ao trabalho através de consultas virtuais em vez de presenciais.
Além disso, há outros modelos, como atendimento primário direto por assinatura; muitos provedores envolvidos em organizações de "medicina concierge" fazem consultas virtuais, e a sala de estar dos pacientes agora é a sala de exames.
Outros modelos, como centros de atendimento urgente e centros cirúrgicos ambulatoriais, dão aos pacientes mais acesso ao atendimento e a capacidade de evitar ambientes hospitalares mais caros. Todas essas modalidades se tornaram mais populares desde que a pandemia da covid-19 começou e remodelaram os debates sobre capacidade de entrega e lucratividade.
Mas todos esses modelos de prestação de cuidados requerem acesso aprimorado a históricos médicos e prontuários de pacientes, juntamente com a opção de compartilhar dados com outros provedores e outras organizações.
Novos modelos de atendimento médico exigem estratégias atualizadas de fornecimento
A mudança para incentivar os pacientes a manter contato com seus provedores virtuais requer baixa latência, tempo de atividade contínuo e entrega de mídia otimizada (para raios-X e renderizações 3D, por exemplo). Os médicos que realizam consultas a domicílio como parte das práticas concierge precisam acessar dados históricos em tempo real, e muitos deles optaram por um sistema de registros eletrônicos de saúde baseado em SaaS.
O mesmo vale para aqueles que atendem em centros cirúrgicos ambulatoriais, que podem não estar diretamente conectados à rede do hospital. Os profissionais de saúde em centros de cuidados urgentes precisam do mesmo acesso às informações do paciente sobre condições e alergias preexistentes, por exemplo, assim como aqueles que trabalham em ambientes hospitalares tradicionais.
Maior acessibilidade garante maior sucesso financeiro e clínico
Até recentemente, a maior parte dos debates sobre portabilidade de dados estava centrada no paciente. Ampliar o escopo desses debates para quem está prestando seus cuidados (e onde) é uma mudança importante na direção certa para promover o acesso em todo o ecossistema e melhorar a interoperabilidade.
Embora conectar esses pontos seja mais fácil na teoria do que na prática, criar um roteiro com oportunidades e capacidades atuais e futuras oferece a chance de maior sucesso financeiro e clínico. Utilizar os dados de saúde de forma responsável e segura enquanto dimensionam-se os recursos de armazenamento e computação com uma estratégia de nuvem longitudinal é a melhor maneira de promover resultados positivos de longo prazo para o paciente e o ecossistema.
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